Já acompanhamos a Cátia Curica há anos, ou não seja ela uma das maiores empreendedoras da cosmética bio em Portugal. Cofundadora da Organii, a primeira marca de cosmética bio portuguesa, ainda tem tempo para provas de triatlo, para dar aulas e para muito convívio em família.
A Cátia faz ainda aconselhamento de pele e alimentação, assumindo-se como beauty advisor, através de vídeos onde a sua tranquilidade e sabedoria transparecem de forma genuína.
Obrigada Cátia por teres dedicado um tempo, na tua super agenda, para contribuir para o nosso projeto!
A roupa em segunda mão entrou na minha vida de duas formas. A primeira porque era habitual nós, nos escoteiros de Sintra, irmos à feira da Ladra comprar roupa do exército, e outras forças armadas, para reaproveitarmos para as nossas caminhadas, acampamentos e atividades.
Desde botas da tropa, panos de tenda, mochilas e até casacos do exército Russo.
Um pouco mais tarde comecei a frequentar lojas de roupa em segunda-mão na baixa e no Bairro Alto, mas aqui já pura e simplesmente por moda, em busca de peças vintage, vestidos com flores e roupa diferente.
Depois entrei na faculdade e deixei de ir…
Só muito mais tarde, já a Organii existia, é que, em busca de projectos mais sustentáveis, conheci a Salomé Areias da Fashion Revolution e toda a problemática da roupa me surgiu. Depois vi o documentário The true cost e decidi evitar a tudo o custo a fast fashion.

A partir daí foi todo um repensar do que realmente queria:
- Repensar se preciso e quantas vezes vou usar. Se é para uma vez ou outra peço emprestado ou alugo. Deixei de ter sapatos de salto alto, malas ou outro tipo de acessórios que raramente usava.
- Se achar mesmo que vou usar muitas vezes então como poderia adquirir o que precisava com o mais baixo impacto ambiental. Alguém que eu conheça tem e não precisa? Aconteceu-me com roupa de grávida, pedi a uma amiga que me emprestou praticamente tudo. Procuro também mercados de trocas ou lojas online que vendem roupa em segunda-mão. Também já coloquei roupa à venda que já não me serve.
- Só por último é que penso em adquirir roupa nova e a escolha recai claramente na pegada ambiental da marca em questão. E hoje já existem também tantas alternativas.
Sinto realmente que há medida que eu fui mudando a roupa que visto também, valorizo o conforto, as fibras naturais e o ter pouco, acabo sempre a vestir as peças preferidas.
Cátia Curica, Organii


