A União Europeia tem vindo a apertar o cerco à indústria têxtil, com regulação mais apertada para as peças que se destinam ao mercado europeu.
O objetivo?
Reduzir o impacto ambiental da indústria, aumentando a durabilidade das peças.
Os requisitos são variados, desde quanto tempo deve uma peça de roupa durar, até quanto de fio reciclado deve conter.
A aposta da UE parece ser a manutenção das peças no mercado por mais tempo, por se manterem em boas condições ou por servirem de matéria-prima a novas peças. A par disto, também pretende combater a sobreprodução e o sobreconsumo de moda.
Ora este combate é especialmente desenhado para a fast fashion, que vive precisamente de peças que duram pouco, quer por a tendência passar, quer porque o tecido não suporta muitas utilizações.
Na Ásia, as fábricas já preparam mudanças, seguindo as indicações de algumas marcas que estão já a planear nesse sentido. Mas também há quem diga que não é possível mudar, pois a produção está assente em fazer barato e rápido.
Do lado do consumidor, segundo o estudo State of Fashion da consultora McKinsey e da organização The Business of Fashion, 65% dos compradores planeia comprar peças mais duráveis e de maior qualidade e que, no geral, consideram a novidade um dos fatores menos importantes na decisão de compra.
Veremos se será o fim da fast fashion, como a conhecemos. Uma coisa parece certa – a mudança está a acontecer, com vontade política e do cidadão. Resta saber qual a vontade da indústria.