A Patricia é a mente criativa por detrás do projeto Reutilizar a mente, que procura dar muitas ideias de reutilização dos mais variados objetos. E fá-lo de uma forma muito genuína, com vídeos descomplicados e bem divertidos.
Assume-se como amante de música e de artesanato, com uma preocupação em tornar o mundo mais sustentável. Parece-nos que ainda vamos ouvir muito da parte dela, e vamos estar atentas a acompanhá-la!
Obrigada Patricia, por partilhares a tua estória connosco. E por seres uma verdadeira embaixadora da reutilização em geral, e especialmente da moda em segunda mão.
Para mim, a roupa em segunda-mão já fazia parte da minha vida, desde pequena. Cresci a herdar as roupas das filhas das amigas da minha mãe, da família e não recusava.
Mas com o avançar da idade, a entrada na adolescência e o sentimento de pertença e inclusão, fizeram-me optar por pedir aos pais para comprar a roupa da moda.
Até há 6 anos atrás, a Patrícia gastava a mesada nos saldos das fast-fashion para alargar o guarda-roupa, como se ainda não fosse suficiente a quantidade de roupa que já tinha!
Mas uma chamada de consciência, com documentários e conhecimento de estilos de vida com menos desperdício, fizeram um “click” na minha maneira de consumir moda.
Além disso, foi nessa altura que aceitei o meu próprio estilo: Deixei de me levar em modas e assumir aquilo que gostava de vestir, não ligando a géneros e onde o conforto vem em primeiro lugar – Isto foi meio caminho andado para facilitar a compra em segunda-mão!

Nesta minha caminhada que me despertou para o impacto da moda, fez-me apostar mais na economia circular, comprar apenas o necessário ou peças de vestuário muito específicas, mas dando prioridade à compra em segunda-mão.
Agora vejo o acto de comprar algo não-essencial como algo que leva tempo e consciência, questiono-me sempre se preciso, se me fará sentido ou se é algo que necessito com muita urgência. E depois há coisas que quero comprar e só estou à espera do momento certo!
E atualmente, eu acredito que já não há desculpa para não comprar em segunda-mão e apoiar a economia circular. Existem cada vez mais oportunidades, lugares como a ReCloset onde temos acesso a tamanhos, informações, possibilidade para trocar (certo?) e até alugar.
Mais do que colocar a roupa a circular é estar a salvaguardar recursos e evitar desperdício!
Patricia dos Reis, Reutilizar a mente