Como o Tiago Matos passou a comprar moda second hand

O Tiago Matos é o rosto por detrás do projeto Green Tribe. Engenheiro do Ambiente, desde cedo despertou para a necessidade de proteger a Natureza. E foi essa necessidade que o levou a criar este projeto, onde partilha o seu estilo de vida mais sustentável.

É dos poucos homens a falar de sustentabilidade em português e, por isso, claro que tinhamos de o ter nesta nossa rubrica. E o Tiago aceitou logo o convite, partilhando connosco qual a relação que sempre teve com a moda, e porque fez a transição para a moda second hand.

Obrigada Tiago!

Até escolher um estilo de vida mais sustentável, nunca me tinha apercebido do ciclo de vida dos produtos, muito menos das roupas. Para mim, comprar roupa nunca foi uma coisa que eu fizesse com frequência, talvez comprasse 1 peça ao ano. A maioria da roupa que eu tenho são tudo ofertas dos aniversários e do natal, por essa razão nunca me questionei muito sobre o seu impacte.

À medida que fui suprimindo algumas coisas na minha vida, de forma ser o mais minimalista possível, deparei-me com o documentário ” The true cost”, que me alertou para as polémicas sociais e éticas da indústria da moda, sobretudo da Fast Fashion. Além de mais, chocou-me toda a parte ambiental envolvida. Sabiam que a indústria têxtil é das indústrias mais sujas do mundo? É responsável por uma grande fatia da contaminação da água dos países produtores, sobretudo países com um índice de stress de água elevado. É aterrorizante. Para mim, isso foi o must para deixar de comprar roupa em primeira mão, ainda para mais, comprar a marcas pouco transparentes e nada éticas.

Foi por isso que eu escolhi e escolho comprar em segunda mão.